O plano de acção irá implementar a técnica da cultura do tomate biofortificado, optimizando padrões de qualidade e segurança alimentar (considerando, a par da ISO 22000, a legislação comunitária, com destaque para o “Principio da Precaução” - Reg CE nº 178/2002, a “Acumulação de Contaminantes Inorgânicos” - Reg CE nº 315/93 e 1881/2006, “Biocidas” - Reg CE nº 396/2005 e “Alegações Nutricionais e de Saúde” - Reg CE nº 1924/2006.
ACTIVIDADES PREVISTAS
1ª ETAPA - Mapeamento de solos com aptidão para cultura de tomate biofortificado
2ª ETAPA - Análise comparativa de sistemas e processos ecofisiológicos para obtenção de tomate biofortificado
3ª ETAPA - Definição do desenho experimental (itinerário técnico) para obtenção de tomate biofortificado
4ª ETAPA - Produção de tomate biofortificado - implementação da cultura em Abril/Maio e manutenção até à colheita em Agosto/Setembro
4.1. Em Mg, em 2 variedades de tomate para processamento na indústria
4.2. Em Fe e Zn, em 3 variedades de tomate em MPBIO para consumo directo
5ª ETAPA - Testes para quantificação da mobilidade de micro e macronutrientes
6ª ETAPA - Testes para quantificação de taxas de mobilização de fotoassimilados nas variedades de tomate biofortificado
7ª ETAPA - Definição de padrões de qualidade do polme do tomate biofortificado
RESULTADOS PREVISTOS
A nível societal, porque o desenvolvimento de produtos alimentares de base com características funcionais (tomate biofortificado em Mg, Fe e Zn) promove a saúde pública numa base bioeconómica sustentável, tal como propõe a Comissão Europeia, promovem-se estratégias, sinergias e complementaridades com outras áreas políticas, instrumentos e fontes de financiamento que partilhem os mesmos objetivos, nomeadamente as políticas no domínio do ambiente, indústria, emprego, energia e saúde.
Neste enquadramento prevê-se o desenvolvimento de tecnologias e a produção de tomate naturalmente fortificado em Mg (para processamento industrial), e em Fe e Zn (em modo produção biológica - MPBIO, para consumo directo), que se antevê estar na base de um mercado potencial por favorecer a prevenção de várias doenças, nomeadamente a hipomagnesemia, anemia ferropriva, doenças crónicas e imunológicas, distúrbios da próstata, bem como de problemas relacionados com a gravidez, espermatogénese e alopecia.
Detalhando, pretende-se obter e disseminar os seguintes resultados junto dos potenciais interessados na produção de tomate biofortificado:
1º-Itenerário técnico para produção de tomate biofortificado em Mg (para a industria), Fe e Zn (em MPBIO, para consumo directo) com elevado padrão de qualidade (portanto, com controlo de qualidade adequada para processamento industrial ou consumo directo).
2º-Resposta varietal à biofortificação, considerando os teores de acumulação e localização tecidular de micro (Fe, Zn, Cu, Mn) e macronutrientes (Mg, Ca, K, P).
3º-Coeficientes de produção / produtividade varietal do tomate biofortificado em Mg, Fe e Zn e a consequente rentabilidade económica média, considerando o destino final destes produtos.
POTENCIAIS DESTINATÁRIOS
Com o desenvolvimento de tomate biofortificado, com controlo de qualidade características nutricionais diferenciadoras e profilácticas para a saúde pública das sociedades, os potenciais beneficiários são também as PME ou pessoas singulares ligadas ao sector da produção de tomate para a indústria, respectivas associações e cooperativas.
No caso da produção de tomate biofortificado em Mg destinado à transformação industrial destaca-se a Associação de Beneficiários do Roxo, e a Campos do Roxo Lda, junto dos produtores de tomate e considerando a dotação de rega necessária à produção.