De acordo com a World Processing Tomato Council, Portugal produz anualmente 997-1200 mil ton, é o 5º maior produtor da AMITOM (Associação Mediterrânica de Tomate), e o 8º a nível mundial.
Portugal exporta 95% da produção (cerca de 20% do total das exportações europeias, a que correspondem 250 milhões de euros).
Acresce ainda que em Portugal, o cultivo de tomate em estufa predomina sobre o cultivo de ar livre (no Norte e no Algarve, cerca de 92% e 53% da área de tomate fresco é de estufa).
Nos últimos 22 anos a produção de tomate teve um crescimento médio anual de 5,1%, tendo actualmente uma produtividade média de 90 ton/ha (a maior da Europa e a 3ª mais elevada do mundo).
A biofortificação agronómica tem sido utilizada para ampliar o potencial de enriquecimento dos teores de nutrientes na parte edível das culturas, com acréscimo de características profilácticas para a saúde pública. Assim, aponte-se que os genótipos selecionados deverão possuir elevadas taxas de absorção radicular e de translocação de nutrientes para a parte aérea.
Acresce ainda que a produção / produtividade da cultura deve estar optimizada para assegurar a rentabilidade económica da exploração agrícola. Contudo, embora a nível internacional a biofortificação de tomate já possua uma acentuada implementação, tal ainda não ocorre em Portugal.
Neste enquadramento, pretende-se agregar valor à produção industrial e biológica do tomate, destacando-se:
1. Otimização da produção de duas variedades de tomate biofortificado em magnésio para transformação industrial, considerando a interação entre os diferentes sistemas, nomeadamente as interações entre os genótipos de tomate e os tipos de adubação e momentos de aplicação.
2. Otimização da produção de três variedades de tomate biofortificado em ferro e zinco, de acordo com o modo de produção biológico, para consumo direto, considerando a interação entre os diferentes sistemas, nomeadamente as interações entre os genótipos de tomate e os tipos de adubação e momentos de aplicação.
3. Delineamento de um itinerário técnico para a produção de 2 variedades de tomate biofortificado em magnésio para transformação industrial e de 3 variedades de tomate biofortificado em ferro e zinco para consumo direto.
4. Aferição do efeito dos processos de transformação em tomate biofortificado em magnésio, ferro e zinco na composição nutricional, considerando os requisitos industriais dos mercados-alvo, de acordo com os requisitos da Alta Segurança Alimentar e as diretivas da União Europeia para o sector.