Este projecto foi promovido pelo programa PDR2020 e co-financiado pelo FEADER, no âmbito do Portugal 2020.
A deficiência em selénio, que afecta cerca de 15% da população, tem sido associada à ocorrência de doenças cardíacas, vários tipos de cancros e às doenças Keshan e Kaschin-Beck.
Contudo, com a biofortificação de alimentos base em selénio, as populações com acesso limitado aos mercados e sistemas de saúde podem ser beneficiadas, pois as elevadas taxas de consumo destes produtos permitem um maior sucesso / impacte dos Programas de Biofortificação (aspecto que vem justificando a implementação de projetos de cariz mundial, com destaque para o Harvest Plus).
Neste contexto o arroz, embora com um teor de selénio extremamente baixo, porque é um alimento base cuja produção a nível mundial ocupa o 2º lugar, possui um enorme potencial para reduzir o défice de selénio. Justifica-se assim a crescente procura de estratégias que propiciem o aumento do teor em selénio nos alimentos base (em geral) e no arroz (em particular).
Porém, a biofortificação do arroz em selénio coloca questões de índole técnica, cientifica, económica e social que importa definir, nomeadamente:
1. Que variedades selecionar para futura exploração num contexto nacional e internacional?
2. Que tipo e forma de adubação deve ser aplicada para evitar a evolução de toxicidades?
3. Que implicações terão para as tecnologias de transformação nas indústrias alimentares?
4. Que alterações são introduzidas na carga nutricional da semente biofortificada?
Propõe-se assim um projeto que visa, a par das necessidades das populações, estudar as implicações técnicas e nutricionais inerentes à produção de arroz biofortificado em selénio, para produção de farinha para produtos “Baby Food”, e que corresponde às necessidades de competitividade da cadeia agroindustrial orizícola nacional, e às potencialidades para a exportação para mercados transnacionais.