A conservação e a exposição de trajes pressupõem uma ideia essencial: a da corporalidade intrínseca de cada um dos objetos. É esta propriedade – tão identitária do traje – que permite entender o potencial performativo que tinha, ou, tão simplesmente, a sua volumetria.
Contudo, a corporalidade do traje é, frequentemente, secundarizada.
Para a sua exposição recorre-se, sobretudo, a dois métodos: adaptam-se suportes estilizados ou constroem-se suportes únicos para uma peça específica. Nenhuma destas soluções é satisfatória. A primeira pode causar uma leitura desvirtuada dos objetos, a segunda depende de um investimento, financeiro ou humano, considerável e ambas as soluções não contemplam a necessidade de rotatividade das peças expostas.
Pretendemos resolver estes problemas com base numa abordagem metodológica mais dirigida, que permita a conceção de um suporte expositivo de morfologia adaptável e uma boa divulgação virtual das coleções, sem que a corporalidade intrínseca de cada uma das peças fique comprometida.